A epidemia do Vírus Zika

desafios clínicos à medicina moderna

  • Shana Barroso
Palavras-chave: Zika vírus, Microcefalia, Síndrome de Guillain-Barré

Resumo

O vírus Zika, é um arbovírus, membro da família dos flavivírus. Em fevereiro de 2016, a Organização Mundial de Saúde declarou o vírus uma emergência de saúde pública devido ao grande aumento de casos de microcefalia e outras manifestações neurológicas associadas à infecção pelo vírus. A transmissão por mosquitos é a rota mais comum de infecção. Várias espécies de mosquitos do gênero Aedes podem transmitir o vírus Zika, sendo o Aedes aegypti o vetor mais importante para os humanos. A infecção pelo vírus Zika é diagnosticada clinicamente e com teste laboratorial de confirmação posterior. Como infecções por Dengue e vírus Chikungunya têm sintomas e distribuição geográfica semelhantes, os pacientes com suspeita de infecção pelo vírus Zika também devem ser avaliados para estas infecções. Testes disponíveis em soro incluem RT-PCR e pesquisa de anticorpos IgM específicos contra vírus. A maioria das infecções são brandas e autolimitadas e não há nenhum tratamento antiviral específico disponível. O tratamento indicado é o gerenciamento dos sintomas da doença. Apesar do grande número de artigos publicados nos últimos meses, pouco se sabe sobre a doença, incluindo a biologia viral e as suas possíveis complicações. Atualmente, o que temos para controlar os surtos são modificações comportamentais. Na ausência de antivirais e de vacinas para combatê-lo, o controle dos vetores é uma estratégia prática para limitar novas infecções.

Publicado
2020-06-09
Como Citar
Barroso, S. (2020). A epidemia do Vírus Zika. Arquivos Brasileiros De Medicina Naval, 77(1), 11. Recuperado de http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/abmn/article/view/468
Seção
Revisão de Literatura

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