O Grupo de Negociação no contexto das Operações Interagências

  • Carlos Eduardo G. da Silva Maia
Palavras-chave: Operações Interagências, Grupos de Negociação, Grupo tático, Gerenciamento de crise, Grandes Eventos, Negociador, Processo de Negociação

Resumo

Na concepção ortodoxa, a figura do negociador era estereotipada como a de alguém que simplesmente se utilizava de todos os meios dissuasórios ao seu alcance para conseguir a rendição dos elementos causadores da crise. Não sendo atingido tal propósito descartava-se todo o trabalho desse especialista e a solução seria focada no emprego do Grupo Tático. A hodierna visão é muito diferente. Na realidade, os dois grupos têm, de fato, a mesma tarefa, isto é, resgatar pessoas tomadas como reféns, e que tal tarefa permanece a mesma ao longo de todo o incidente crítico. Tanto isso é verdade que, doutrinariamente, havendo decisão pela alternativa tática, permanecerão os negociadores em atividade, envidando esforços para apoiar uma ação tática coordenada. Esta acertada visão de emprego integrado foi amplamente observada e implementada pelo Ministério da Defesa por ocasião do planejamento e execução das Operações Interagências que tomaram parte durante os Grandes Eventos sediados na cidade do Rio de Janeiro. Conclui-se que as experiências adquiridas na participação dos Grupos de Negociação no contexto das Operações Interagências, durante os Grandes Eventos, consolidaram o importante papel desempenhado por estas frações em ações integradas com as tropas de Operações Especiais em incidentes críticos que demandem a tomada de reféns.

Publicado
2023-02-15