O Treinamento Físico Militar na formação do Oficial Fuzileiro Naval

Resumo

Na Escola Naval, os Aspirantes cumprem exigências curriculares relativas à disciplina Treinamento Físico Militar (TFM). Em contrapartida, durante a segunda parte do ciclo pós-escolar, em que ocorre a Viagem de Instrução de Guardas-Marinha (VIGM), o TFM deixa de ser obrigatório e passa a ser considerado atividade extraclasse. Considerando as normas de TFM homologadas pelo manual CGCFN-15, foi iniciado um estudo a partir da aplicação sistemática de um programa de TFM a bordo do NE Brasil. O objetivo da pesquisa era verificar os efeitos da prática orientada de TFM na capacidade aeróbia e no percentual de gordura dos GM-FN, durante a segunda fase do ciclo pós-escolar, na XXIV VIGM em 2010. Os GM-FN foram separados em dois grupos: o grupo A, referenciado como “grupo-controle”, contou com a prática de TFM opcional, sem orientação e não periodizado; em contrapartida, o grupo B cumpriu o protocolo de treinamento orientado. Os resultados da pesquisa evidenciam que no que diz respeito à capacidade aeróbica, o grupo A (grupo-controle) apresentou redução de 16,22% nos valores do consumo máximo de oxigênio (VO2max), enquanto o grupo B (TFM orientado) não sofreu variações significativas do início ao final da comissão. Em relação ao percentual de gordura (%G), ambos os grupos apresentaram reduções nos quantitativos de gordura corpórea. Diante dos resultados supracitados, conclui a aplicação sistemática e orientada do TFM, durante quase um semestre embarcado nos meios navais da MB, proporcionou a manutenção da capacidade aeróbia e a redução mais expressiva na quantidade de gordura corpórea, representando melhores condições físicas e operativas dos militares de bordo, bem como fomentou a prevenção de doenças e promoveu a saúde, por meio da prática do TFM embarcado.