GptOpFuzNav - Haiti 14º Contingente

desafios e mudança de paradigmas

Resumo

O artigo versa sobre a participação do 14º Contingente do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais no Haiti. Inicialmente, discute a criação da Missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti - MINUSTAH que tinha por finalidade a restauração da ordem no Haiti, após um período de insurgência e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide. Descreve como foi período da missão do 14º Contingente, marcado por duas partes distintas: a primeira, caracterizada pela postura pré-eleições presidenciais de segundo turno, a divulgação do resultado final e o período até a assunção do novo Presidente Sr. Michael Martelly, que prevaleceu, efetivamente, as operações militares e a presença da tropa nas ruas; e a segunda fase, caracterizou-se por uma postura militar da tropa, aparentemente, menos agressiva, visando à demonstração da “pseudosegurança” do país aos órgãos da ONU e organismos internacionais. Neste período, destacou-se também uma intensificação de ajuda humanitária em substituição às operações militares. Em seguida, apresenta a estrutura do GptOpFuzNav-Haiti, com número de efetivo do Componente de Comando (CetC), Componente de Combate Terrestre (CCT) e Componente de Apoio de Serviço ao Combate (CASC). Detalha a atuação do CCT durante às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, por meio da execução de Operações de Demonstração de Força. Destaca que o maior problema enfrentado pelo CCT foi a desorganização com os órgãos competentes trataram a realização deste evento, que deveria ser o de maior importância para a nação haitiana. Apresenta as tarefas do CASC, que por meio de seus destacamentos, executou várias tarefas que, agrupadas em atividades afins, constituíram as funções logísticas, recursos humanos, suprimento, manutenção, saúde, engenharia e transporte. Ao final, apresenta as capacidades e limitações do GptOpFuzNav e detalha os problemas enfretados pelo 14º Contingente, sendo um deles, a visibilidade precária da Marinha do Brasil nas Operações do Haiti. Conclui que esta Missão contribuiu bastante para a manutenção do nível de adestramento da tropa, pois, apesar de todas as limitações que nos são impostas, ainda assim, continuamos a operar nas ruas de Porto Príncipe, cumprindo o árduo propósito de “Manter um ambiente seguro e estável”, mesmo sujeitos a todos os contratempos que envolvem uma missão real.