Os pequenos escalões em operações militares em áreas urbanas
o emprego do ponto forte pelo Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais na missão das Nações Unidas para estabilização do Haiti durante o 5º e 6º contingentes
Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a técnica operacional ponto forte, empregada por pequenos escalões na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti, (MINUSTAH) e sua influência para o estabelecimento e manutenção do estado de normalidade na área de responsabilidade do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais Haiti (GptOpFuzNav Haiti), durante o 5° e o 6º contingentes. Inicialmente, aborda o contexto haitiano que ao longo da história vivenciou o surgimento de grupos armados em boa parte do território, como as regiões mais nobres da capital Porto Príncipe. Nessa perspectiva, trata sobre a área de responsabilidade do GptOpFuzNav Haiti, compreendida pelas regiões de SONAPI, Drouillard e Bois Neuf. Dando prosseguimento, aborda o conceito de ponte forte, técnica operacional de defesa em todas as direções, com capacidade de projetar poder de combate em uma área de influência e posteriormente, trata dos pontos fortes do GptOpFuzNav Haiti. Ao final, relata os dois momentos que caracterizaram a obtenção do estado de normalidade na área de responsabilidade do GptOpFuzNav e sua consequente manutenção. Conclui que a interferência de órgãos como a Organização das Nações Unidas tem sido fundamental na solução de conflitos em áreas urbanas e na busca do estado de normalidade em áreas conflagradas, através do emprego de missões de paz de caráter multidimensional. Entre as técnicas empregadas pelos componentes militares das forças de paz, destaca que o ponto forte apresenta resultados interessantes, em especial na MINUSTAH, provocando um mínimo de dano colateral.