Reestruturação do Corpo de Fuzileiros da Marinha Portuguesa

  • Armando Pereira da Costa Valente Tinoco
Palavras-chave: sustentabilidade, prontidão, flexibilidade, binômio navio-força, IDAR, forma de emprego descentralizada e distribuída, light and fast, ameaças letais, ameaça híbrida, ameaça difusa, assimetria no combate, leste europeu, ambiente internacional, conceito de emprego, CF, Corpo de Fuzileiros de Portugal

Resumo

O artigo aborda a reestruturação do Corpo de Fuzileiros (CF) de Portugal com a pretensão de adequá-lo, mediante um novo conceito de emprego, a um novo ambiente. A reestruturação acompanha transformações no ambiente internacional, particularmente no Leste Europeu. Busca melhorias para uma organização ligeira e flexível que privilegie surpresa, superioridade da informação, mobilidade,
manobra, velocidade e letalidade. Novas tecnologias configuram desafios para as forças navais e anfíbias e trazem assimetria no combate dentro do ambiente marítimo, em especial no litoral, é mister que essas forças modulares e flexíveis tenham capacidade para responder a uma grande variedade de missões, encarando ameaças difusas, híbridas e letais. Esse novo conceito de Light and Fast prevê o emprego das forças do CF no espectro do conflito, de forma descentralizada e distribuída, com unidades capazes para operar e sobreviver nos campos de batalha modernos, explorando um ciclo decisório rápido e trabalhando num ciclo de Ilusão, Desorientação, Ação e Retirada (IDAR), calcado sobre o binômio navio-força. Recentes exercícios validaram e conceito de uma Marinha pronta e tecnologicamente avançada, capaz de agregar forças anfíbias, forças de operações especiais e outros elementos. O artigo conclui que o CF conseguiu reunir a Flexibilidade, por estar estruturado para gerar forças e capacidades para operar no Mar, Estuários e Rios; a Prontidão, por estar preparado para agir num vasto espectro de ameaças; e a Sustentabilidade, por ser capaz de atuar projetado a partir do mar.

Publicado
2024-08-13