A estratégia Antiacesso/Negação de Área (A2/AD)

  • Pedro Luiz Taulois

Abstract

O alvorecer do século XXI surpreendeu o mundo com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, os quais compulsaram os Estados Unidos da América (EUA) a romperem com a estratégia, anteriormente assumida, de potência hegemônica capaz de agir unilateralmente, inclusive sem o aval da Organização das Nações Unidas. Fizeram-no, ainda, repensar suas participações no novo contexto da segurança internacional, por meio de diversos seminários e simpósios conduzidos pelo Departamento de Defesa, e implementar nova doutrina pautada, sobretudo, nos fundamentos da publicação “Cooperação Estratégica para o Século XXI”. No final da primeira década deste século, nova revisão se fez obrigatória, após terem os norte-americanos identificado a imperiosa necessidade de preservarem sua capacidade de projetar poder e manter a liberdade no mar, em qualquer local do globo terrestre. O Presidente dos EUA e o Secretário de Defesa apresentaram o documento Prioridades para a Defesa no Século XXI, que orienta suas Forças Armadas (FFAA) a desenvolverem doutrina e ações específicas contra a estratégia denominada A2/AD – Anti-access/Area Denial (Antiacesso/Negação de Área). Evidenciado o caráter evolutivo do pensamento militar norte-americano no presente século, este artigo tem a finalidade de apresentar conceitos da A2/AD, que atualmente norteiam as preocupações das FFAA dos EUA, exemplificar seu emprego por meio da experiência chinesa, para, posteriormente, traçar um breve paralelo com o caso brasileiro.

Published
2023-03-13