GptFNLa participa da Operação ACRUX-V
Abstract
O artigo aborda a participação do Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário e os meios navais do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN) na Operação Ribeirinha Combinada ACRUX-V. A ACRUX é uma Operação Ribeirinha Combinada, multinacional, interaliada, realizada entre a Armada da República Argentina (ARA), a Armada Boliviana, a Marinha do Brasil, a Armada Paraguaia e a Armada da República Oriental do Uruguai, tendo como propósito promover a interoperabilidade e elevar o nível de adestramento dos meios envolvidos e estreitar os laços de amizade e de cooperação entre as Marinhas. Apresenta a organização da Força-Tarefa Ribeirinha e as tarefas executadas pelos Grupos-Tarefas, quais sejam: GT Fluvial, GT de Assalto Ribeirinho Combinado, GT Aéreo e GT de Operações Especiais. Menciona as lições aprendidas durante a Operação, tais como: a) para um melhor aproveitamento e intensificação do adestramento, deve haver diversificadas interações entre o Figurativo Inimigo e as tropas terrestres dos países partícipes, a fim de permitir a prática do Ciclo OODA (Observação, Orientação, Decisão e Ação - Guerra de Manobra); b) em uma Operação Ribeirinha cresce de significância a elaboração de um Plano de Apoio de Fogo, considerando o emprego coordenado do armamento dos navios, das unidades de Fuzileiros Navais e dos meios aéreos; c) vislumbra-se a possibilidade de constituir, de forma integrada, uma Subunidade de um determinado país com Pelotões de Fuzileiros Navais ou Infantes de Marinha dos demais países participantes, no intuito de amplificar a interoperabilidade dos meios envolvidos; d) a atuação dos Fuzileiros Navais da MB em um ambiente operacional específico com baixas temperaturas e com rajadas de vento comprometiam a segurança do desembarque da tropa com os meios atuais disponíveis; e) a utilização das atuais Embarcações de Transporte de Tropa em regiões com características do rio, de ventos e da influência do mar agrava sobremaneira a utilização deste tipo de embarcação; e f) apesar de cada país ser responsável por prover suas necessidades, deve ser levado em consideração o modo como cada um pode apoiar, com seus meios, a Força-Tarefa Ribeirinha Combinada, como um todo, crescendo de importância a realização, também, de um apoio logístico combinado, no intuito de verificar a sua operacionalidade e exequibilidade. Finaliza afirmando que execução dessa operação multinacional corroborou, de modo inconteste, para que o Corpo de Fuzileiros Navais, em um futuro próximo, consolide-se como a Força de Caráter Expedicionário por Excelência.