A defesa de ilhas oceânicas: exercício integrado das tarefas do Poder Naval

  • Luis Manuel de Campos Mello
Palavras-chave: Ilhas oceânicas, Poder Naval, Atlântico Sul, Negação do uso do mar, Controle de área marítima, Defesa Terrestre, GptOpFuzNav, Projeção de poder sobre a terra, Camadas de defesa, Amazônia Azul

Resumo

A Estratégia Nacional de Defesa reorienta as Forças Armadas segundo os objetivos Nacionais de Defesa elencados no documento condicionante de mais alto nível para planejamento das ações destinadas à Defesa Nacional: a Política de Defesa Nacional. Quando se trata de atingir o primeiro destes objetivos (garantir a Soberania, o patrimônio nacional e a integridade territorial) no mar, a Estratégia Nacional de Defesa estabelece como um dos focos da Marinha do Brasil a defesa proativa dos arquipélagos e das ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras. Além disso, destaca como essencial a existência de meios de Fuzileiros Navais para se realizar esta defesa (BRASIL, 2008). Entretanto, a defesa dos territórios insulares por tropas ocupando posições em terra é apenas o último perímetro de um sistema defensivo mais amplo, que deve ser composto por camadas. É necessário, portanto, entender o ambiente geográfico que envolve esta complexa operação militar no Atlântico Sul, analisando as diferentes tarefas do Poder Naval desenvolvidas em cada camada de defesa, de acordo com a ameaça existente, bem como compreender o papel essencial dos meios de Fuzileiros Navais nesta defesa. Este artigo irá, inicialmente, tecer breves comentários sobre as ilhas oceânicas brasileiras a serem defendidas, passando, posteriormente, a analisar as tarefas do Poder Naval na defesa destas ilhas, segundo um modelo de defesa em camadas.

Publicado
2023-03-13