A Projeção Anfíbia no apoio à política externa

construindo parcerias no Atlântico Sul

  • Claudio Lopes de Araujo Leite
Palavras-chave: Projeção Anfíbia, Operações Anfíbias, OpAnf, Política externa, Poder Naval, Defesa, Diplomacia Naval, Entorno Estratégico brasileiro, Conjugado Anfíbio, Atlântico Sul

Resumo

O papel do Poder Naval em apoio à Política Externa é assunto tão importante quanto desconhecido do público em geral. Ao cidadão comum, interessado por narrativas de batalhas, como Trafalgar e Midway, ou emocionado com os Blockbusters que mostram, com efeitos especiais e alguma fantasia, Pearl Harbor e Iwo Jima, pouco interessa qualquer papel das Forças Navais que não envolva desembarques anfíbios, bombardeios ou ataques aéreos. Tal desinteresse, perdoável aos amadores, não pode ser admitido no meio militar, no acadêmico nem no diplomata. É imperativo que estes profissionais conheçam o emprego político e diplomático dos navios, pois o país que renuncia ao apoio do Poder Naval à Política Externa limita seu Poder Naval e debilita sua Política Externa. Este artigo tem por finalidade relembrar esse importante papel das Marinhas e analisar o emprego, no entorno estratégico brasileiro, da Projeção Anfíbia, modalidade de Operação Anfíbia (OpAnf) que se caracteriza pelo emprego das capacidades intrínsecas do Conjugado Anfíbio para introduzir em área de interesse, a partir do mar, meios para cumprir tarefas diversas em apoio a operações de guerra naval ou relacionadas, entre outras contingências, com a prevenção de conflitos e a distensão de crises.

Publicado
2023-06-14