Poucos contra muitos
Dos defensores de Massada ao tenente Antônio João
Abstract
A história universal registra as epopeias de poucos contra muitos, bata-lhas assimétricas travadas por lutadores libertários, seja em Massada, no Gueto de Varsóvia, na revolta de Spartacus, seja na resistência do tenente Antônio João, contra inimigos poderosos. No ano 70 d.C., os romanos destruíram o templo sagrado de Jerusalém, determinando o início da diáspora, com a consequente opressão e sofrimentos que se seguiram, como a Inquisição, os pogroms, e o maior de todos os crimes, o Holocausto, que ceifou as vidas de 6 milhões de judeus. A poderosa Roma não existe mais; o povo judeu vive. A queda de Jerusalém e de assada parecia sinalizar a derrota total do povo judeu. Entretanto, passaram-se dois milênios e retornaram os hebreus à Terra Prometida. Massada reviveu como monumento de elevado significado, enquanto os opressores de todos os tempos, dos romanos aos nazistas desapareceram na poeira dos tempos. Pelo capital simbólico que guarda similaridade com a epopeia de Massada, cabe destacar nesse texto o paralelo com o episódio heroico onde tombou o bravo tenente Antônio João Ribeiro, o “herói de Dourados”, o qual teve morte gloriosa coman-dando seu pelotão frente ao inimigo paraguaio, muito superior em número, e melhor armado.