JK, o médico da Força Pública Mineira

  • Flávio Antônio Silva Augusto

Résumé

Esta pesquisa tem por objetivo analisar se Juscelino Kubistchek de Oli-veira, mais conhecido por JK1, tornou-se militar e um grande estadista porque era médico. Menino pobre e órfão de pai, e com mãe professora na cidade de Dia-mantina, estudou em seminário. Autodidata e poliglota, prestou vestibular para o curso de Medicina, vindo a se formar em 1927 e a se especializar em cirurgia e clínica geral. Mais tarde foi para a França, onde também se especializou em urologia, sendo o patrono dessa especialidade no Brasil. Aprovado no concurso para telegrafista dos correios, durante o curso de medicina trabalhava à noite, e, durante o dia, assistia às aulas. A pesquisa é bibliográfica e utilizou tanto fontes secundárias quanto documentos transcritos. Sobressai do estudo que, como mé-dico, JK foi incorporado à Força pública (atual Polícia Militar do Estado de Minas Gerais), trabalhou no Hospital Militar e no de campanha, denominado pelos combatentes como “Hospital de Sangue”, na cidade de Passa Quatro (setor do túnel), sul de Minas Gerais, por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932. Devido a suas ações no hospital, atuando como cirurgião de campanha, passou a ser muito respeitado, admirado e elogiado. Algumas pessoas que com ele serviram atingiram, anos depois, posições expressivas, o que favoreceu seu ingresso na política. Sua vida pública se deu nos cargos de prefeito de Belo Horizonte, deputado federal, governador do Estado, presidente do Brasil e senador da República pelo Estado de Goiás. No jantar de despedida do setor do túnel, foi batizado pelo coronel do Exército Brasileiro Cristóvão Barcelos de “o bisturi de Ouro da Força Pública Mineira”.

Publiée
2024-04-17