Peixe peçonhento tem molécula com ação potencial contra esclerose

peixe Peter Moon – quando se pensa em um peixe venenoso é comum lembrar da imagem de um baiacu inflado como um balão. No baiacu – designação popular de diversos peixes da ordem dos Tetraodontiformes –, o veneno está na carne. Comer a carne não tratada para a retirada da toxina pode levar à morte.

  • Mônica Lopes Ferreira Agência FAPESP
  • Ines Sosa-Rosales Agência FAPESP
  • Fernanda M. Bruni Agência FAPESP
  • Anderson D. Ramos Agência FAPESP
  • Fernanda Calheta Vieira Portaro Agência FAPESP
  • Katia Conceição Agência FAPESP
  • Carla Lima Agência FAPESP
Palavras-chave: Peixe, Molécula, Doença, Esclerose

Resumo

O baiacu é venenoso, mas não é peçonhento: não tem presas nem espinhos para injetar toxina em suas vítimas e, desse modo, imobilizá-las. O niquim (Thalassophryne nattereri), habitante de águas rasas, tem tudo isso. O niquim vive na zona de transição entre as águas salgada e doce, escondido no fundo lodoso de rios e lagoas costeiras. Na maré vazante o peixe cor de areia sobrevive enterrado, podendo viver fora d’água por até 18 horas. Quem caminha pela areia rasa no litoral do Norte e Nordeste, estendendo-se até a costa do Espírito Santo, pode inadvertidamente ser picado pelo niquim. Todos os anos há relatos de 50 a 100 acidentes no litoral brasileiro. O número real deve ser maior, pois não há notificação obrigatória e nem tratamento por enquanto.

Publicado
2020-09-26
Seção
Artigos