Navegar na Amazônia é preciso:

natureza, conhecimentos e interações entre povos tradicionais e viajantes.

  • Carla Oliveira de Lima
Palavras-chave: Bates – Wallace – Ciência – Viagens – Amazônia

Resumo

A dupla de naturalistas independentes, Henry Bates e Alfred Russel Wallace, escolheu viajar para a Amazônia após ler a obra A Voyage up the River Amazon, escrita pelo norte americano W. H. Edwards. Essa obra indicava que o extremo norte do Brasil prometia facilidades de viagem e abundância de espécies para colecionadores de espécies raras em História Natural. Os naturalistas chegaram ao norte do Brasil em 26 de abril de 1848, após meses de preparação e estudos sobre a fauna e flora da região. Contudo, a atividade de campo exigia ferramentas que não estava descrita nos manuais de história natural: o clima, as relações culturais, a geografia, as estruturas de moradia e de mobilidade indígenas eram variáveis que obrigavam aos viajantes a valorizar os meios disponíveis locais para conseguir estabelecer sua base de coleta. Com base nessas relações, este trabalho pretende enfatizar algumas estruturas locais e interações com diversos grupos humanos que possibilitaram as atividades em campo de Bates e Wallace na Amazônia.

Publicado
2023-07-02