Portos clandestinos e o comércio de escravizados em Sergipe:

uma proposta arqueológica da dinâmica do tráfico e suas manifestações no presente

Palavras-chave: Portos Clandestinos, Tráfico Transatlântico, Crimes da Escravidão, Arqueologia, Sergipe

Resumo

O presente artigo se configura como uma proposta de análise dos locais utilizados no tráfico de africanos no território de Sergipe, com ênfase nas dinâmicas portuárias e rotas comerciais que se estruturaram na Bacia Hidrográfica do Rio Real e Rio Piauí, no período de ilegalidade do comércio transatlântico, a partir de 1831 até a década de 1850. Por meio de uma práxis arqueológica que dialoga com a pesquisa histórica e a memória social quilombola, propõem-se avançar proficuamente na investigação do tráfico clandestino em Sergipe e discutir os efeitos dos crimes da escravidão na sociedade atual e, especialmente, nos portos que foram estrategicamente utilizados para o comércio de vidas negro-africanas.

Biografia do Autor

Luis Felipe Freire Dantas Santos

Doutor em Arqueologia pelo Programa de Pós-graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe (2020) e Mestre em Arqueologia pelo Programa de Pós-graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe (2013). Pós-doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe no Projeto Arqueologia dos Movimentos de Independência no Baixo Rio São Francisco (2022 - atual). Especialista em Cinema e Linguagem Audiovisual, pela Universidade Estácio de Sá (2021), com ênfase na produção de documentários e na aplicação da linguagem cinematográfica para o estabelecimento de ações educacionais e de divulgação científica. Possui graduação em História pela Universidade Tiradentes (2009). Atualmente assume o cargo de Presidente do Instituto AFRORIGENS e Pesquisador do Laboratório de Arqueologia de Ambientes Aquáticos da Universidade Federal de Sergipe.

Fernanda Libório Ribeiro Simões, Universidade Federal do Oeste da Bahia

Mestra em Arqueologia pela Universidade Federal de Sergipe, bacharela em Arqueologia pela Universidade Federal de Sergipe. Atua principalmente nos seguintes temas: Arqueologia da Paisagem, Arqueologia Pré-Histórica, Material Lítico, Sítios Litorâneos e Geoarqueologia. Faz parte do Grupo de Pesquisa Arqueologia de Ambientes Aquáticos (UFS), do Grupo de Pesquisa Identidade, cultura e memória (UFOB) e é líder do Grupo de Pesquisa Laboratório de Pesquisas Históricas do Oeste da Bahia (LAPHOB). Foi coordenadora da Licenciatura em História da UFOB (2017-2018), coordenadora do Bacharelado em História (2017-2019) e chefe do Núcleo de Apoio à Pesquisa e Extensão do Centro das Humanidades (2019-2022). É coordenadora do Grupo de Estudos Arqueologia do Oeste da Bahia. É professora Assistente e coordenadora de Ensino (2021-) do Centro das Humanidades da Universidade Federal do Oeste da Bahia. Atualmente desenvolve pesquisa na região da Bacia Hidrográfica do Rio Grande (Bahia, Brasil) e é doutoranda no Programa de Pós-Graduação da UFPE.

Publicado
2023-12-24