A corrida pela tecnologia para controlar o Prata, na rota de Riachuelo

  • Fernando Ribas De Martini Mestre em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Doutorando em História Econômica pela mesma universidade. Pesquisador de História das Ciências, com ênfase em temas navais e militares.
Palavras-chave: Corrida Naval, Tecnologia Naval, Batalha do Riachuelo

Resumo

A Batalha Naval do Riachuelo, combate da fase inicial da Guerra do Paraguai que contribuiu para mudar o rumo do conflito, pode ser analisada sob o ponto de vista da corrida pela tecnologia naval. Esta foi empreendida pelos dois lados beligerantes e teve como meta, nos anos imediatamente antes da guerra, a introdução de navios encouraçados antes de seu inimigo em potencial, visando um combate naval naquele teatro de operações. Porém, seu ponto de chegada foi antecipado pelos fatos que apressaram o início do conflito e levaram a Riachuelo, batalha que se deu entre navios ainda sem couraça. O Brasil largou com boa vantagem nessa corrida, por manter uma expressiva Marinha e se atualizar, desde as décadas anteriores, em aquisição, manutenção e construção de novos tipos de navios a vapor, enquanto o Paraguai, pela encomenda de uma série de navios na Europa, buscou anular essa vantagem.

Publicado
2020-06-16