A milícia revisitada

números da Guarda Nacional no Rio Grande do Sul oitocentista

  • Miquéias H. Mugge Postdoctoral Research Associate na Woodrow Wilson School of Public and International Affairs, Princeton University. Doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. A pesquisa contou com o apoio da Capes e da Comissão Fulbright.
Palavras-chave: Guarda Nacional, História Militar, Brasil Imperial

Resumo

O presente artigo trata da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul, durante a segunda metade do século XIX, com foco no período de centralização administrativa da milícia (1850-1873), a fim de atentar para o alcance e a penetração da instituição na sociedade brasileira e, em especial, em uma província fronteiriça em endemia bélica. A partir dos mapas de força enviados pelos comandantes superiores da Guarda aos presidentes da província, e posteriormente compilados pelo Ministério da Justiça, calcula-se o coeficiente de militarização intermitente, tendo em vista os dados do Censo de 1872. Os resultados preliminares da análise apontam para a premente necessidade de estudos comparativos entre as diferentes regiões do País, levando em conta não só a milícia propriamente dita, mas também a presença de corpos e batalhões do Exército e o próprio sistema eleitoral do Brasil imperial.

Publicado
2020-06-17