As narrativas visuais sobre a Guerra do Paraguai no Diabo Coxo

  • Sandra de Cássia Araújo Pelegrini Docente do Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Pós-Doutora em Patrimônio Cultural, UNICAMP (2007). Doutora em História Social, USP (2000). Mestre em História e Sociedade, UNESP (1993).
  • Danilo Aparecido Champan Rocha Doutorando em História, UEM. Mestre em História, UEM (2017). Graduado em História, UEM (2015).
Palavras-chave: Guerra do Paraguai, Diabo Coxo, Angelo Agostini

Resumo

A Guerra do Paraguai ocorrida entre 1864 e 1870 intensificou os problemas sociais, políticos, culturais e econômicos latentes no Segundo Reinado de D. Pedro II. Para observarmos a concepção de determinados segmentos sociais liberais do Brasil Império sobre o início do confronto militar, a preparação política no recrutamento e no alistamento, a organização administrativa e estrutural do Exército, a identidade nacional e o dever cívico, utilizamos como fonte primária o periódico Diabo Coxo, publicado em São Paulo entre 1864 e 1865. As caricaturas difundidas no periódico paulistano narraram para aquela sociedade, majoritariamente analfabeta, as principais ações militares, os desafios enfrentados no front, as medidas políticas e administrativas do governo central e local brasileiro perante as investidas paraguaias, o que constitui um importante objeto de estudo para compreender os embates discursivos e as condições vivenciadas pelos diferentes grupos sociais no decorrer da guerra.

Publicado
2020-06-18