O Sextante de Horizonte Artificial de Gago Coutinho

A génese Marítima da Navegação Aérea

  • António Costa Canas Escola Naval e CINAV, Centro de História da Universidade de Lisboa. Doutor em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa pela Universidade de Lisboa. Mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa e licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Licenciado em Ciências Militares Navais – Marinha, pela Escola Naval.
  • Magda Ramires Marabujo Escola Naval. Mestre em Ciências Militares Navais, especialidade de Marinha.
  • Teresa Sousa Escola Naval e CINAV, Centro de Matemática e Aplicações (CMA), FCT, UNL. Doutora e Mestre em Algoritmos, Combinatória e Optimização pela Carnegie Mellon University, Mestre em Matemática Aplicada pelo Instituto Superior Técnico, e licenciada em Matemática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Palavras-chave: Gago Coutinho, Navegação Aérea, Sextante

Resumo

Em 1922 foi realizada, por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. O sucesso da viagem deveu-se ao facto de terem sido usados, pela primeira vez, métodos astronómicos de navegação, adaptados da navegação marítima. Para a sua aplicação, tornava-se necessário medir alturas de astros, de modo a estimar, com rigor, a posição da aeronave. O sextante usado na navegação marítima nem sempre podia ser usado na navegação aérea, dada a dificuldade em observar a linha do horizonte a altitudes elevadas. Para colmatar esta dificuldade, Gago Coutinho desenvolveu um sextante de horizonte artificial o qual lhe permitia observar a altura de um astro em situações em que o horizonte de mar não era visível, por exemplo, em caso de má visibilidade ou de altitude elevada da aeronave. Este artigo tem por objetivo apresentar o sextante desenvolvido por Gago Coutinho.

Publicado
2020-04-24