Navigator

Apresentação da Revista

Robert Wagner Porto Castro — 2023-12-24

Apresentação da Revista Navigator V.19 N.38

Apresentação do Dossiê

Edgar Ávila Gandra — 2023-12-24

Apresentação do Dossiê

Uma análise inicial sobre os caminhos históricos da consolidação dos portos no Brasil.

Thiago Cedrez da Silva — 2023-12-24

Este artigo tem como objetivo compreender os caminhos históricos dos portos brasileiros, a partir de vários períodos da história do Brasil. A nossa escolha leva em vista o objetivo de contribuir com a construção do conhecimento desta temática em apreço. Visto que a amplitude de potencialidade de análise e a historiografia não ter ainda estudos tão consolidados.

Portos clandestinos e o comércio de escravizados em Sergipe:

Luis Felipe Freire Dantas Santos — 2023-12-24

O presente artigo se configura como uma proposta de análise dos locais utilizados no tráfico de africanos no território de Sergipe, com ênfase nas dinâmicas portuárias e rotas comerciais que se estruturaram na Bacia Hidrográfica do Rio Real e Rio Piauí, no período de ilegalidade do comércio transatlântico, a partir de 1831 até a década de 1850. Por meio de uma práxis arqueológica que dialoga com a pesquisa histórica e a memória social quilombola, propõem-se avançar proficuamente na investigação do tráfico clandestino em Sergipe e discutir os efeitos dos crimes da escravidão na sociedade atual e, especialmente, nos portos que foram estrategicamente utilizados para o comércio de vidas negro-africanas.

Os direitos dos trabalhadores portuários e marítimos na Assembleia Nacional Constituinte do Brasil.

Júlio César de Oliveira — 2023-12-24

A organização das entidades de representação de classe, do setor público e privado, assim como a garantia do direito à greve, foi estabelecida nos debates ocorridos na Assembleia Nacional Constituinte (ANC) de 1987, junto a Subcomissão de direitos dos trabalhadores e servidores públicos. Os trabalhadores portuários e marítimos estiveram presentes nestes debates, por intermédio de sua entidade de representação que, em diversos momentos encaminhou as demandas oriundas da classe. Neste artigo analisamos a organização dos trabalhadores, em especial dos portuários e marítimos, junto aos trabalhos da ANC na sua luta por direitos de representação classista e a visão estabelecida pelos deputados constituintes sobre a categoria.

A movimentação portuária sergipana (1840-1910) através dos periódicos:

Clara Souza Leão Pessoa Moura — 2023-12-24

Este artigo mostra resultados de uma pesquisa de iniciação científica iniciada em 2021 que busca novas informações relacionadas à antiga província ‘Sergipe’ a partir de periódicos digitalizados na Hemeroteca Digital Brasileira. Foi feito um levantamento de notícias de 1840-1910 em diversas peças disponíveis em busca de avisos de chegada ou saída de embarcações nos portos de Sergipe, bem como anúncios de companhias de navegação e outros comunicados que fossem pertinentes a construção de conhecimento do movimento portuário da antiga província. A partir desses dados foi possível observar quais armadores e embarcações encostaram em portos sergipenses e quais passageiros e cargas eles trouxeram. As informações obtidas foram usadas para estudar aspectos sociais e econômicos da sociedade brasileira do século XIX.

La campaña militar de Coro y el bloqueo naval:

Germán Guía Caripe — 2023-12-24

Esta seção analisa a campanha militar e o bloqueio naval liderado pelo General Antonio Guzmán Blanco através das operações da Campanha Coro, noroeste da Venezuela, entre 1874 e 1875. O uso de navios de guerra no Pelotão Nacional permitiu a máxima mobilidade das unidades da infantaria corpo e o abastecimento em sua área de destino, isso fazia parte da logística na guerra moderna. Os navios de guerra a vapor tornaram-se o principal meio de transporte de tropas, devido à falta de rotas de comunicação terrestre aceleradas. Em suma, as forças constitucionais passaram de pequenas divisões dirigentes a Corpos de Exército permanentes, com maior número e melhor dotação em organização e armamento, o que permitiu a Guzmán Blanco consolidar-se no poder central durante dezoito anos (1870-1888).

O Porto mais ao sul da América Portuguesa:

Paulo Cesar Possamai — 2023-12-24

O presente artigo tem como objetivo analisar a política expansionista portuguesa no Rio da Prata por ocasião da fundação da Colônia do Sacramento, em 1680. Através difícil navegação do estuário platino os portugueses buscavam a troca de manufaturados europeus e produtos coloniais brasileiros pela prata que circulava em Buenos Aires. A Colônia do Sacramento foi um polo de expansão e de comércio por quase um século. O expansionismo luso foi posto em xeque quando perdeu para os espanhóis o sítio estratégico de Montevidéu, em 1723, mas Sacramento continuou como um ativo centro de contrabando até que foi cedida à Espanha em 1777.

Nas páginas da canhoneira Guarany:

Matheus Gomes de Lima — 2023-12-24

O seguinte artigo tem como objetivo analisar o dia a dia da Canhoneira Guarany abordando questões de hierarquia, disciplina e alimentação militar na Marinha de Guerra, considerando as atividades, relações sociais e ações de oficiais e praças. Como caminho para a compreensão das relações sociais a bordo do vaso de guerra analisamos os livros de bordo e alguns periódicos que circularam no final do século XIX e início do XX. Na pesquisa também procuramos identificar os gêneros da dieta alimentar de oficiais e praças, os conflitos culturais e os rituais relacionados a alimentação e a rotina da referida canhoneira. Como principal referência metodológica utilizamos a noção do paradigma indiciário de Carlo Ginzburg para investigar as minucias dos documentos, a fim de elucidar os eventos já citados.

O sítio arqueológico Vapor de Baixo - Recife, Pernambuco, Brasil:

Ialy Cintra Ferreira — 2023-12-24

O artigo trata do naufrágio do Vapor de Baixo, localizado no mar adjacente a Olinda, PE, a cerca de 5 milhas do Porto do Recife, em uma profundidade de 21 m. É uma embarcação a vapor com propulsão a rodas de pás laterais, possui casco de ferro rebitado, sendo um dos exemplares construídos entre o final do século XIX e início do século XX. Desse modo, esta pesquisa buscou analisar os fatores causadores do naufrágio do Vapor de Baixo e se justifica na medida em que se propôs a identificar as características do navio, seu entorno e suas interações com o ambiente utilizando os métodos e técnicas da Arqueologia Subaquática. Para tal, a metodologia desenvolvida foi definida em três etapas: a pesquisa documental, bibliográfica e imagética; prospecção não interventiva do naufrágio e análise das variáveis estabelecidas nas dimensões materiais e contextuais. Foram realizados mergulhos, onde o casco, as peças e acessórios foram examinados, bem como foi realizada a planimetria, para identificação do tipo, porte e potência de sua máquina. Pela materialidade encontrada e pelo fator Humano estar quase sempre associado aos outros fatores, este foi caracterizado preliminarmente como causador do naufrágio.

Rellação Nautico-Militar da viagem da Fragata do Imperio do Brazil a Nitherohy a cargo do Cappitão de Mar e Guerra João Taylor Commandante; sendo oficial Immediato o Cappitão de Fragata Luis Barroso Pereira.

Vagner da Rosa Rigola — 2023-12-24

No contexto das comemorações do bicentenário da criação da Armada não se pode prescindir de ressaltar um dos mais notáveis fatos protagonizados pela Marinha Brasileira no contexto da Guerra de Independência: a viagem da fragata Niterói em 1823. Com intuito de rememorar essa efeméride naval que também completa duzentos anos de sua realização, traz-se novamente à luz a transcrição do manuscrito do então Imediato daquele navio, o Capitão de Fragata Luís Barroso Pereira.

A viagem da fragata Niterói iniciou com a retirada da esquadra lusa da Bahia em 2 de julho de 1823. Na ocasião, vislumbrando a impossibilidade de atacar com a nau Pedro I, duas fragatas e uma corveta a poderosa esquadra portuguesa de mais de oitenta navios, o Almirante Thomas Cochrane concebeu que a melhor estratégia seria deixar o comboio do Almirante Félix de Campos sair, para em seguida tomar-lhes os navios que pudesse “acometer a salvo”. Na viagem realizada entre os dias 2 de julho e 9 de novembro de 1823, a fragata Niterói navegou até a foz do rio Tejo, tendo acossado e apreendido 18 navios portugueses ao longo de seu cruzeiro.

Revista completa

Robert Wagner Porto Castro — 2023-12-24