Uma abordagem sobre a inevitabilidade dos conflitos no período entre guerras

  • Alexandre Rocha Violante Mestre em Ciências Navais pela Escola de Guerra Naval (EGN), especialista em Relações Internacionais pela PUC-RJ, especialista em Direito Internacional pela Universidade Cândido Mendes, mestrando do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e atual professor da EGN.
Palavras-chave: Conflitos, Cooperação, História, Segurança

Resumo

Neste trabalho buscou-se discutir como a Liga das Nações, fórum internacional criado após a Primeira Guerra Mundial, poderia interferir para que os conflitos pudessem ser evitados em uma escala mais generalista e global. Assim, procurou-se como objetivo principal provar que no período entre guerras, mesmo com a tentativa de grande mudança da ordem internacional, ocorrida em princípios ditos utópicos, evitá-los, foi praticamente impossível. Como objetivos secundários, este artigo procurou analisar politicamente: a) as mudanças ocorridas nas relações internacionais após a Primeira Guerra Mundial; b) a Liga das Nações, que pretendeu mudar o mecanismo de segurança utilizado para evitar e solucionar conflitos; e c) a sistemática do novo mecanismo de segurança coletiva da Liga, principalmente os constrangimentos ao qual foi submetido. Dessa forma, baseado qualitativamente nas teorias das relações internacionais da época e nas contemporâneas, constatou-se o fracasso da Liga das Nações, nos moldes da época, e de seu mecanismo de segurança coletivo, que visava à implantação de uma nova ordem mundial estruturada na multilateralidade, na multipolaridade e nos princípios democráticos de uma governança global.

Publicado
2020-06-17