A expansão ultramarina ibérica e sua influência na cartografia do século XVI

os exemplares de Juan de la Cosa (1500) e de Cantino (1502)

  • Lucas Montalvão Rabelo Doutorando em História pela Universidade de São Paulo, mestre em História pela Universidade Federal do Amazonas e membro associado do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTap).
Palavras-chave: Tratado de Tordesilhas, Grandes Navegações, Renascimento, Juan de la Cosa, Alberto Cantino

Resumo

O presente artigo destina-se a apresentar uma proposta de análise imagética das visões ibéricas no momento inicial de composição de mapas-múndi a partir do conhecimento das novas terras no Ocidente, o chamado Novo Mundo. Para isso, busca-se realizar uma comparação das características particulares provindas do contexto social dos cartógrafos para ir além de um estudo centrado apenas no produto cartográfico, sem considerar o contexto histórico específico dos indivíduos produtores e de suas sociedades. Esta forma de estudo é baseada na metodologia proposta para os estudos da História da Cartografia buscando uma desconstrução dos objetos cartográficos. Assim, comparar o mapa do espanhol Juan de la Cosa (1500) e o exemplar português anônimo conhecido como Mapa de Cantino (1502) possibilita a analise das imagens construídas a partir de visões políticas diversas que estariam relacionadas aos interesses tanto da Coroa de Castela quanto da Coroa de Portugal – incluindo seus súditos – após a assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 7 de junho de 1494.

Publicado
2020-06-17