O porquê de um submarino de propulsão nuclear?
Lições sobre as malvinas
Abstract
Neste ano se completam 38 anos do conflito naval mais recente ocorrido no Atlântico sul. As causas que levaram dois países de realidades distintas à guerra já foram por muitas vezes abordadas e por isso mesmo conhecidas ao longo deste tempo. Porém, ensinamentos valiosos e ainda atuais podem ser retirados desse exemplo, pois alguns aspectos se assemelham aos momentos em que vivemos e mesmo os vindouros. No dia 5 de setembro de 2008, foi ativada a Coordenadoria-Geral do programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN). Grande marco para a nossa Marinha, coroa o trabalho conduzido há trinta anos do Programa Nuclear cuja meta era dominar o ciclo desse combustível e construir o protótipo do reator para um submarino. Pouquíssimos países no mundo são habilitados a construir seus próprios submarinos e mais reduzido é o número daqueles que os fazem movidos a propulsão nuclear. China, EUA, França, Rússia e Inglaterra são os atores desse seletíssimo grupo. O Nautilus foio primeiro. Lançado ao mar em 1954 pelos americanos; em 17 de janeiro de 1955, em sua primeira viagem, transmitiu a mensagem histórica: underway on nuclear power. Foi descomissionado em 3 de março de 1980. O planejamento dava conta que o nosso Nautilus seria lançado em dois anos; contudo, devido aos ajustes no cronograma, o seu lançamento está programado para 2031.