Revista Pesquisa Naval http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval <p>A Revista Pesquisa Naval (RPN) é um periódico científico de publicação anual que apresenta à comunidade científica uma coletânea de estudos desenvolvidos por pesquisadores das áreas científica, tecnológica e de inovação, cujos temas sejam pertinentes às áreas de interesse de CT&amp;I da Marinha do Brasil (MB). O periódico é publicado pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM) e avaliado pelo Sistema de Classificação de Periódicos, Anais, Revistas e Jornais (QUALIS) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).</p> <p><strong>ISSN eletrônico:</strong> 2179-0655&nbsp; <strong>&nbsp;ISSN impresso:&nbsp;1414-8595</strong></p> Zeppelini Publishers pt-BR Revista Pesquisa Naval 1414-8595 Sumário http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5693 <p>Sumário</p> sumário Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 Prefácio http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5702 <p>No âmbito da área da Defesa, a Marinha do Brasil, em parceria com os principais centros universitários e a indústria e sob<br>a luz de sua estratégia de ciência, tecnologia e inovação, vem gradualmente aportando investimentos essenciais à promoção e<br>ao desenvolvimento de soluções modernas autóctones, multiplicando o conhecimento inovador e de aplicação dual diante das<br>demandas relativas ao preparo e emprego do poder naval.</p> ALMIRANTE DE ESQUADRA PETRONIO AUGUSTO SIQUEIRA DE AGUIAR Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 1 2 Previsão de enterramento de munições e minas navais em leito marinho arenoso: um modelo acoplado considerando mudanças morfológicas e instabilidade induzida por ondas http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5694 <p>A propagação das ondas no oceano pode induzir insta-<br>bilidade no leito marinho e o transporte de sedimentos, afetando<br>estruturas costeiras como plataformas de petróleo e oleodutos, assim<br>como o enterramento de objetos, como artefatos explosivos (muni-<br>ções e minas navais). Por meio de um modelo hidromorfodinâmico<br>que fornece as forçantes para o modelo de instabilidade do leito<br>marinho induzida por ondas, este estudo teve como objetivo princi-<br>pal desenvolver um modelo numérico acoplado para prever o enter-<br>ramento de artefatos causado por mudanças morfológicas e instabi-<br>lidade do leito marinho. O objetivo secundário foi gerar mapas indi-<br>cando o grau de instabilidade do leito e a profundidade de enterra-<br>mento estimada, com base nos resultados obtidos pelo modelo aco-<br>plado. O modelo é validado por meio de comparação com observa-<br>ções de campo, que incluem medições de correntes, ondas e mudan-<br>ças morfológicas, além do registro do enterramento de artefatos<br>(com até 15,5 cm de diâmetro) em fundo marinho arenoso sob a<br>ação de ondas. Os resultados confirmam a habilidade do modelo em<br>representar a hidrodinâmica local, mudanças morfológicas e o enter-<br>ramento de artefatos. Além disso, revelam que tanto a instabilidade<br>do leito marinho quanto a sedimentação têm papel significativo no<br>processo de enterramento dos artefatos. Os mapas gerados com base<br>nos resultados do modelo têm potencial para serem utilizados como<br>auxílio ao planejamento de operações de minagem e medidas de<br>remediação, visando a limpeza de áreas de interesse.</p> Vinícius Santos Pessanha Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 3 10 Sistema autóctone de remoção de co2: purificando atmosferas confinadas http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5695 <p>O acúmulo de contaminantes, como o dióxido de car-<br>bono, em atmosferas confinadas que não dispõem de renovação<br>natural consiste em uma das limitações operativas de submari-<br>nos onde há a necessidade de emprego de sistema de purificação<br>de sua atmosfera. Remover o dióxido de carbono gerado pela tri-<br>pulação consiste em um desafio tecnológico crítico, uma vez que<br>efeitos nocivos aos tripulantes são observados já em concentrações<br>reduzidas. Nessa condição de baixas pressões parciais de CO2 , há<br>uma dificuldade para que se realize a remoção desse contaminante.<br>O presente trabalho apresentou uma tecnologia inovadora para<br>manter atmosferas confinadas purificadas, empregando módulos<br>de membranas contactoras e de permeação gasosa. Foi fabricado<br>um módulo contactor nacional e desenvolveu-se um modelo com-<br>putacional para dimensionamento do equipamento.</p> Paulo Christian Sedrez Vinicius de Freitas Caetano Felipe Brandão de Souza Mendes Cristina Cardoso Pereira Ana Carolina Pattacini Galdino Semitela Carolina Locatelli Vago Luz Dary Carreno Pineda Nicolas Roger Jean Daniel Mermier Matheus Labre Felisberto Cristiano Piacsek Borges Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 11 16 Desenvolvimento da tecnologia de superalimentos à base de produtos naturais marinho http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5696 <p>Considerando o Plano Estratégico da Marinha, o pre-<br>sente estudo fomenta uma tecnologia inédita e inovadora no país,<br>trazendo novas perspectivas para a nutrição humana com base<br>na biotecnologia marinha, utilizando estratégias de confecção de<br>superalimento à base de algas e células marinhas. Foram desenvol-<br>vidos protocolos de inovação, empregando a biotecnologia celular<br>e a histologia, para desenvolver superalimentos. Através do conhe-<br>cimento dos macronutrientes e micronutrientes de microalgas,<br>macroalgas e diferentes organismos marinhos, verificou-se uma<br>variabilidade nutricional relevante, além da caracterização morfo-<br>lógica semelhante entre as amostras in vitro e in situ de ostras, siris,<br>vieiras e peixes. Além disso, para a validação estrutural do pescado,</p> <p>foi observado que as amostras cozidas apresentaram menor densi-<br>dade de fibras musculares (matéria-prima predominante e comes-<br>tível) comparada às cruas, e, consequentemente, seu diâmetro<br>médio foi significativamente menor. Nesse sentido, o estudo tem<br>caráter dual, contribuindo tanto para o combatente da Marinha<br>do Futuro quanto para a sociedade, com potencial futuro para a<br>geração de superalimentos marinhos de diferentes complexidades<br>específicas para a demanda nutricional de cada cenário</p> Giselle Pinto de Faria Lopes Carla Eliana Davico Fabiola Helena dos Santos Fogaça Narcilo Quadros Cardoso Michael dos Anjos dos Santos Rayanne Antunes Fernandes Sales Isabel Virgínia Gomes e Silva Larissa Almenara Soares Dayana Muniz Maia Montalvão Tailah Bernardo Almeida Alexandre Kassuga Guilherme Búrigo Zanette Maria Helena Campos Baeta Neves Ricardo Coutinho Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 17 25 Urina escura não é preditora do risco de lesão renal aguda decorrente de rabdomiólise por esforço http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5697 <p>A rabdomiólise por esforço, causada por exercício pro-<br>longado ou intenso, pode levar a lesão renal aguda e ser fatal. O<br>objetivo deste estudo foi avaliar o risco de rabdomiólise durante<br>um curso militar e investigar a cor da urina como um indicador<br>de severidade da rabdomiólise. Cinco participantes foram moni-<br>torados por 14 dias. Os níveis de creatina quinase (CK) indica-<br>ram rabdomiólise em todos os sujeitos no quinto dia, mas apenas<br>um mostrou sinais de lesão renal, a principal complicação clínica<br>da rabdomiólise. Enquanto o participante com urina mais escura e<br>maior nível de CK não apresentou os critérios clínicos para o diag-<br>nóstico de lesão renal aguda, o participante com menor nível de<br>CK e urina amarelada obteve o diagnóstico laboratorial para lesão<br>renal aguda subclínica. Em conclusão, o exercício induziu rabdo-<br>miólise em todos os participantes, apesar do nível de hidratação<br>adequado, mas a cor da urina mostrou-se um indicador pouco con-<br>fiável de dano renal.</p> Andréia Carneiro da Silva João Bosco Pesquero Gianna Mastroianni Kirsztajn Diego Viana Gomes Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 26 31 Dessalinização via destilação por membranas a partir de calor residual de motores de propulsão ou geração http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5698 <p>O presente trabalho descreveu desenvolvimentos em des-<br>salinização via destilação por membranas (MD), a partir de calor<br>rejeitado de motores de combustão interna para propulsão e/ou<br>geração diesel-elétrica em meios navais. A tecnologia propõe-se a<br>garantir e estender os limites operacionais e aumentar a eficiência<br>energética dos meios navais em missão. Primeiramente, são reporta-<br>dos experimentos de dessalinização em bancada de laboratório com<br>membranas comerciais, na configuração de destilação por membra-<br>nas em contato direto (DCMD), demostrando a viabilidade de se<br>destilar em concentrações superiores às da água do mar sem pena-<br>lizar a qualidade de água produzida, com coeficientes de rejeição<br>de sais superiores a 99,96%. A seguir, foi projetado e construído<br>um protótipo de dessalinizador por MD, empregando um aquece-<br>dor industrial como fonte térmica para emular o calor recuperado<br>de máquinas térmicas com capacidade para fornecer até 11 kW de<br>calor. Na unidade piloto de demonstração instalada no IPqM foram<br>obtidos fluxos de destilado entre 1,5 e 3,5 kg/m²h. Os resultados<br>experimentais no protótipo validaram o modelo teórico proposto<br>para dimensionamento de novos sistemas. Os resultados experi-<br>mentais do fluxo de destilado e as temperaturas de saída no módulo<br>de membranas apresentaram boa concordância de ± 10% com os</p> <p>resultados obtidos do modelo matemático. Finalmente, foi descrito<br>o projeto da unidade piloto para ambiente operacional, que faz a<br>integração com o sistema de arrefecimento do motor de combustão.</p> Priscila Simões Teixeira Amaral Cristiane Raquel Sousa Mesquita Gabriel Neri de Souza Vinicius Ferreira Monteiro Abdul Orlando Cárdenas Gomez Carolina Palma Naveira Cotta Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 32 40 Protótipo de liberador acústico de baixo custo para aplicação em águas rasas http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5699 <p>Liberadores acústicos são equipamentos autônomos<br>comumente utilizados no âmbito da oceanografia como compo-<br>nente de linhas de fundeio. Eles auxiliam na recuperação de senso-<br>res instalados para coleta de dados ao longo da coluna d’água. Tais<br>equipamentos são acionados remotamente por sinais acústicos que,<br>transmitidos no meio submarino, podem percorrer longas distân-<br>cias, tornando-se assim uma maneira eficaz de acionamento remoto.<br>Embora sejam úteis no âmbito da pesquisa e da indústria, no Brasil,<br>estes equipamentos são comercializados a elevado custo e, geral-<br>mente, envolvem importação. A pesquisa apresentada neste artigo<br>teve como objetivo desenvolver um protótipo de liberador acús-<br>tico de baixo custo reunindo as principais características necessá-<br>rias ao funcionamento confiável desse equipamento em ambientes<br>de águas rasas. Apresenta-se uma opção construtiva para o invólu-<br>cro estanque e para o mecanismo de liberação. Para compor a plata-<br>forma do dispositivo autônomo, foi desenvolvido um algoritmo de<br>decisão, que utiliza filtragem casada para avaliar a presença do sinal<br>de acionamento (chave). Avaliando-se os parâmetros de transmis-<br>são entre projetor e receptor, o efeito do canal marinho na propaga-<br>ção do sinal e incorporando o devido pré-processamento, os resul-<br>tados comprovaram a viabilidade do protótipo e a possibilidade de<br>ampliar o emprego desse equipamento em território nacional. A ver-<br>são integral deste projeto foi apresentada na forma de dissertação<br>como requisito para conclusão do curso de mestrado em Acústica<br>Submarina no IEAPM, em Abril de 2023.</p> André Luis Lima Silva Renato Peres Vio Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 41 48 Maximização da cobertura acústica submarina de regiões da costa brasileira http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5700 <p>O presente trabalho teve como objetivo propor um<br>modelo para maximizar a cobertura acústica de regiões da costa<br>brasileira aplicando uma rede formada por um sistema multistático<br>de sonar ativo. No trabalho foram usadas duas técnicas para defi-<br>nir a localização dos sensores e para maximizar a cobertura: ini-<br>cialmente foi empregado um modelo matemático e em seguida foi<br>desenvolvida uma Heurística Gulosa Randômica.</p> Marcela Stein Juan Pablo Luna Virgílio José Martins Ferreira Filho Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 49 55 Emprego de rede neural multicamadas no reconhecimento automático de silhuetas infravermelhas de navios http://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/pesquisanaval/article/view/5701 <p>Com o desenvolvimento tecnológico das câmeras de<br>imagem infravermelha presentes em sistemas eletro-ópticos de<br>aeronaves modernas, foram desenvolvidos algoritmos de reconhe-<br>cimento automático de alvos baseados nas assinaturas infraverme-<br>lhas de navios. Tais algoritmos auxiliam os pilotos dessas aeronaves<br>nas operações de identificação de contatos em operações navais.<br>Este trabalho apresenta uma nova abordagem para um classifi-<br>cador automático de imagens infravermelhas obtidas a partir de<br>modelos tridimensionais (3-D) de 5 (cinco) classes de navios cria-<br>dos em MATLAB. A abordagem proposta emprega um classifi-<br>cador baseado em uma Rede Neural Multicamadas (Multilayer<br>Perceptron — MLP) cujos parâmetros foram otimizados empre-<br>gando o aplicativo Classification Learner (CL) do MATLAB. Os<br>resultados demonstraram que tal arquitetura apresenta melhor<br>desempenho considerando trabalhos similares anteriores.</p> Jorge Amaral Alves Edgard Braz Alves Copyright (c) 2024 Revista Pesquisa Naval 2024-05-24 2024-05-24 1 35 56 63