A Guerra das Malvinas
o planejamento argentino e o emprego da frota do mar sob o ponto de vista da estratégia operacional
Resumo
A guerra das Malvinas foi um conflito, em águas do Atlântico Sul, que envolveu um país em vias
de desenvolvimento enfrentou uma potência colonialista histórica, e que, durante séculos dominou
os mares. Vários foram os eventos que fizeram despertar tanto no âmbito militar, quanto no
acadêmico. Inovações tecnológicas introduzidas na mesma, a bravura e a determinação de alguns
guerreiros solitários, o aproveitamento político do conflito foram alguns desses fatores. Sem
dúvidas muito foi escrito e analisado. Mas, independentemente de tudo, ainda merecem estudos a
forma que foi realizada a condução política, estratégica, operacional e tática por parte de ambos os
opositores. Do lado argentino exerceu-se uma condução político militar bastante particular, visto o
Estado, à época, encontrar-se governado por militares. Mas, além disso, a Argentina entrava
novamente em guerra, passado mais de cem anos, desde seu último conflito contra o Paraguai
(1865-1870). Porém, muito havia evoluído na condução da guerra, fruto das experiências colhidas
nas duas grandes guerras mundiais. Entretanto, a Argentina carecia de experiência e doutrina de
emprego em operações conjuntas. Este trabalho procura analisar, à luz dos conhecimentos atuais
da doutrina de estratégia operacional, como foi realizado o planejamento e a condução das Forças
Conjuntas para a operação de conquista e defesa das ilhas, e se o emprego da Esquadra, a Flota del
Mar, seguiu a esta doutrina, para a consecução dos objetivos nacionais traçados para este conflito.