Civilizar, modernizar e dissuadir: a contribuição da trindade José Bonifácio, Marquês de Barbacena e Lorde Thomas Cochrane para a formação marítima do Brasil independente
Resumo
No âmbito da historiografia naval brasileira, é consenso a tese sobre o papel protagonista da recém-criada Armada Nacional e Imperial, em 1822,
na garantia da independência do país, na defesa do comércio marítimo e na manutenção da unidade territorial. Contudo, isso não significa que o assunto esteja esgotado. Pelo contrário, a compreensão do processo de formação do caráter marítimo do Estado brasileiro é um objeto pouco abordado ao mesmo tempo que apresenta uma importância atual relevante para a sociedade brasileira tendo em vista sua dependência do mar para sobrevivência. Por conseguinte, estamos no momento oportuno para compreender o papel das comunicações marítimas no processo de
independência do Brasil não somente da perspectiva militar, mas também, política e econômica. Afinal, o mar influenciou na construção do projeto político de Estado Brasileiro? Haveria um pensamento marítimo e naval estratégico? Quais personagens históricos compreenderam a importância do desenvolvimento do comércio marítimo e da Marinha de Guerra para assegurar a soberania brasileira?