Cadeias Globais de valor e Base Industrial de Defesa:

para uma agenda de produtividade e competitividade

Palavras-chave: Indústria de Defesa, Comércio Internacional, Estratégia Nacional de Defesa.

Resumo

A aprovação da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, emergiu como um importante marco naquilo que se refere aos aspectos estratégicos mais relevantes da defesa nacional. Com ela, a reorganização da Base Industrial de Defesa se consolidou como um eixo estruturante da mais fundamental importância, estabelecendo a promoção de sua competitividade no mercado global como um objetivo prioritário. Com base na literatura de comércio internacional, este artigo visa explorar como uma maior integração com as cadeias globais de valor desponta como um relevante vetor para pensar, pela via dos ganhos de produtividade, a promoção da competitividade externa da Base Industrial de Defesa brasileira. Para testar esta hipótese, foi estruturado um Modelo Vetorial de Correção de Erros (VEC), com aplicação de testes de causalidade de Granger e funções Impulso-Resposta, abarcando uma base de dados constituída por séries temporais de transações comerciais totais e militares. As evidências encontradas sugerem que acréscimos no nível das importações totais desempenham papel estatisticamente significativo sobre a capacidade de exportação militar brasileira. Estes efeitos se mostram significativamente maiores quanto mais abrangente for a liberalização comercial promovida no âmbito das importações de bens e serviços, essenciais para o incremento do ganhos de especialização, alocação de recursos e competitividade.

Biografia do Autor

Guilherme Marques, Fundação Getulio Vargas (FGV)

Fundação Getulio Vargas (FGV), Rio de Janeiro — RJ, Brasil.

Publicado
2023-06-01