GptFNLa participa da Operação ACRUX-V

  • Frederico Antonio Khoury Rebello
  • Gutemberg Recife
Palavras-chave: Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário, GptFNLa, Comando do 6º Distrito Naval, Com6ºDN, Conjugado ribeirinho, Operação Ribeirinha, OpRib, ACRUX-V, Operações em Teatro não marítimo, Força-Tarefa Ribeirinha, ForTaRib, Meios de Fuzileiros Navais, Meios navais, Assalto Ribeirinho Combinado, Poder Naval, Ciclo OODA, Plano de Apoio de Fogo, PAF, Embarcações de Transporte de Tropa, ETT, Apoio Logístico

Resumo

O artigo aborda a participação do Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário e os meios navais do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN) na Operação Ribeirinha Combinada ACRUX-V. A ACRUX é uma Operação Ribeirinha Combinada, multinacional, interaliada, realizada entre a Armada da República Argentina (ARA), a Armada Boliviana, a Marinha do Brasil, a Armada Paraguaia e a Armada da República Oriental do Uruguai, tendo como propósito promover a interoperabilidade e elevar o nível de adestramento dos meios envolvidos e estreitar os laços de amizade e de cooperação entre as Marinhas. Apresenta a organização da Força-Tarefa Ribeirinha e as tarefas executadas pelos Grupos-Tarefas, quais sejam: GT Fluvial, GT de Assalto Ribeirinho Combinado, GT Aéreo e GT de Operações Especiais. Menciona as lições aprendidas durante a Operação, tais como: a) para um melhor aproveitamento e intensificação do adestramento, deve haver diversificadas interações entre o Figurativo Inimigo e as tropas terrestres dos países partícipes, a fim de permitir a prática do Ciclo OODA (Observação, Orientação, Decisão e Ação - Guerra de Manobra); b) em uma Operação Ribeirinha cresce de significância a elaboração de um Plano de Apoio de Fogo, considerando o emprego coordenado do armamento dos navios, das unidades de Fuzileiros Navais e dos meios aéreos; c) vislumbra-se a possibilidade de constituir, de forma integrada, uma Subunidade de um determinado país com Pelotões de Fuzileiros Navais ou Infantes de Marinha dos demais países participantes, no intuito de amplificar a interoperabilidade dos meios envolvidos; d) a atuação dos Fuzileiros Navais da MB em um ambiente operacional específico com baixas temperaturas e com rajadas de vento comprometiam a segurança do desembarque da tropa com os meios atuais disponíveis; e) a utilização das atuais Embarcações de Transporte de Tropa em regiões com características do rio, de ventos e da influência do mar agrava sobremaneira a utilização deste tipo de embarcação; e f) apesar de cada país ser responsável por prover suas necessidades, deve ser levado em consideração o modo como cada um pode apoiar, com seus meios, a Força-Tarefa Ribeirinha Combinada, como um todo, crescendo de importância a realização, também, de um apoio logístico combinado, no intuito de verificar a sua operacionalidade e exequibilidade. Finaliza afirmando que execução dessa operação multinacional corroborou, de modo inconteste, para que o Corpo de Fuzileiros Navais, em um futuro próximo, consolide-se como a Força de Caráter Expedicionário por Excelência.

Publicado
2023-08-08