Thomas Cochrane e as presas de guerra em Guayaquil e no Brasil

  • Sergio Willian de Castro Oliveira Filho Doutor em História Cultural. Capitão-Tenente (T). Professor da Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará (EAMCE).
Palavras-chave: Thomas Cochrane, Presas de Guerra, Guayaquil, Brasil

Resumo

No início de 1822 o Capitán de Navío da Armada espanhola José Villegas Y Córdoba rendeu-se, entregando na Província Livre de Guayaquil três navios sob seu comando: as Fragatas Prueba e Venganza e a Corveta Emperador Alejandro. Tal rendição se deu após uma insistente perseguição, que já durava alguns meses, encetada pelo Vice-Almirante Thomas Cochrane, comandante das forças navais chilenas. Contudo, autoridades peruanas presentes em Guayaquil conseguiram por meio de negociações que os três navios passassem à posse da Marinha do Peru, o que gerou uma série de conflitos entre Thomas Cochrane e as autoridades peruanas. Pouco menos de um ano após esse episódio, Cochrane comandaria a Força Naval do Império Brasil em sua luta pela independência de Portugal. Com uma campanha naval exitosa, o Primeiro-Almirante Thomas Cochrane, comandou o apresamento de mais de 80 navios mercantes e de guerra portugueses, porém, novamente seus interesses relacionados às presas de guerra foram frustrados por decisões conflitantes advindas do governo imperial brasileiro, desencadeando uma longa disputa judicial entre o chefe naval escocês e o governo brasileiro que durou cinco décadas. O objetivo desse artigo é realizar um paralelo entre as demandas por presas da guerra naval feitas por Cochrane com relação aos navios espanhóis que se renderam em Guayaquil em 1822, e os navios portugueses apresados por ele em 1823 durante a campanha de independência do Brasil.

Publicado
2022-06-08