Desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo de pré-escolares entre 24 meses e 48 meses de vida expostos ao Zika vírus durante a gestação.

Autores

  • Simone Saraiva de Abreu Almeida
  • Paula de Souza Benevides
  • Heber de Souza Maia Filho
  • Alexandre Ribeiro Fernandes
  • Claudete Aparecida Araújo Cardoso Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.70293/2764-2860.2024.5000

Palavras-chave:

Desenvolvimento infantil, Microcefalia, Zika Vírus, Testes Neuropsicológicos

Resumo

Este artigo aborda o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças expostas ao Zika vírus, ZIKV, durante a gestação, destacando manifestações, resultados de testes e implicações clínicas relevantes. O objetivo foi avaliar e descrever as manifestações neurológicas e o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças expostas ao ZIKV na gestação ao longo do tempo de vida, por meio de um estudo observacional longitudinal que acompanhou o desenvolvimento de 45 crianças expostas verticalmente ao ZIKV com idades entre 24 e 48
meses em um hospital terciário de Niterói, Brasil. A pesquisa foi registrada no CEP sob número CAE 62992016.9.0000.5243. Essas crianças foram divididas em 26 casos confirmados com o RT-qPCR do ZIKV e 19 casos prováveis. Durante o acompanhamento, foram realizados testes como o Denver II e o SON-R para avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo, respectivamente. Os resultados desses testes foram comparados com padrões de desenvolvimento típicos para a idade. Além disso, foram registradas as manifestações neurológicas observadas ao longo do tempo, especialmente em relação à presença de microcefalia e história de exantema durante a gestação. A análise dos dados coletados permitiu identificar correlações entre a exposição ao ZIKV, as manifestações neurológicas e o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças, fornecendo fundamentos clínicos à literatura atual em relação ao bom prognóstico de neurodesenvolvimento de crianças não microcefálicas expostas ao ZIKV, além de salientar a importância do diagnóstico precoce para a conscientização do cuidado e para o seguimento clínico a longo prazo.

Biografia do Autor

  • Paula de Souza Benevides

    Neuropsicóloga e Psicóloga Clínica (ênfase em Terapia Cognitivo Comportamental) . Mestre em Saúde Materno-Infantil – UFF.

  • Heber de Souza Maia Filho

    Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (1996), residência médica em Pediatria pela UFRJ (1999), Especialização em Neuropediatria pela UFRJ (2001), Título de Especialista em Pediatria (1999) e neuropediatria (2001), mestrado em Clínica Médica (Neurologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003) e doutorado em Psiquiatria, Psicanálise e Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006). Atualmente é professor Adjunto de Pediatria (Departamento Materno Infantil) da Universidade Federal Fluminense - UFF, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Neurologia e Neurociências - UFF e da Unidade de Pesquisa Clínica do HUAP-UFF. Tem experiência na área de Pediatra e Neuropediatria atuando principalmente nos seguintes temas: aspectos psicossociais das epílepsias na infância (qualidade de vida, saúde mental, comorbidade psiquiátrica e cognição), aprendizagem e inclusão escolar, qualidade de vida em doenças crônicas infantis e neuropsicologia de doenças neurológicas crônicas infantis.

  • Alexandre Ribeiro Fernandes

    Possui graduação em Medicina pela Escola de Medicina Souza Marques (1993), mestrado em Saúde da Criança e da Mulher pela Fundação Oswaldo Cruz (2001) e doutorado em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense (2016). Concluiu Residência Médica nos programas de Pediatria (UERJ, 1996) e Neurologia Pediátrica (IFF-FIOCRUZ, 1999). Atualmente é professor associado da Universidade Federal Fluminense atuando na graduação e pós graduação em Neurologia. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neuropediatria, atuando principalmente nos seguintes temas: doenças neurogenéticas, enfermidades neuromusculares, erros inatos do metabolismo, epilepsias de difícil controle e malformações do sistema nervoso. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense, membro do Colegiado do Curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense.

  • Claudete Aparecida Araújo Cardoso, Universidade Federal Fluminense

    Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (1991-1996), residência médica em Pediatria e Infectologia Pediátrica pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997-2000), mestrado e doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001-2006) e pós-doutorado na School of Public Health at University of California, Berkeley (2013-2014). Atualmente é Professora Associado II do Departamento Materno Infantil da Universidade Federal Fluminense e orientadora de Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado da Pós-graduação em Ciências Médicas da Universidade Federal Fluminense. Foi pesquisadora nível 2 CNPq (2019-2021) e bolsista Jovem Cientista do Nosso Estado-FAPERJ (2015-2018). Participou como membro do grupo de trabalho de HIV da SOPERJ (Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro) nos triênios 2016-2018 e 2019-2021. Participou como membro do Colegiado de Pös-graduação em Ciências Médicas da Universidade Federal Fluminense de 31/10/2016 a 25/04/2022. Atuou na Coordenação Geral do Internato Médico da UFF de 15/09/2020 a 08/10/2021. É membro da The Union (International Union Against Tuberculosis and Lung Disease) desde 2016. É membro da REDE-TB desde 2017, atuando na coordenação da área pediátrica desde setembro de 2018. É consultora em Tuberculose pediátrica do Ministério da Saúde desde maio de 2019. Atua como Coordenadora do Curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense desde 08/10/2021. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Infectologia Pediátrica, atuando principalmente nos seguintes temas: tuberculose e doenças exantemáticas, com ênfase em infecção pelo vírus Zika.

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Publicado

2024-12-18

Como Citar

Desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo de pré-escolares entre 24 meses e 48 meses de vida expostos ao Zika vírus durante a gestação. (2024). Arquivos Brasileiros De Medicina Naval, 85(1). https://doi.org/10.70293/2764-2860.2024.5000

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