A guerra que “não acabou”

as tensões para a manutenção das tropas imperiais em Assunção (1869-1871)

  • Fabio da Silva Pereira Doutorando em História pela Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), mestre em Administração Pública (FGV), licenciado em História (UNIRIO) e bacharel em Ciências Militares (AMAN).
  • Florence Alencar Moreira Graduanda em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e pesquisadora do Grupo História Militar e Fronteiras (UNIVERSO).
  • Gustavo de Freitas Araújo Especialista em História Militar pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), licenciado em História (UNOPAR) e bacharel em Ciências Militares (AMAN).
Palavras-chave: Consequências da Guerra da Tríplice Aliança, Diplomacia Imperial, Economia do Brasil Império

Resumo

O artigo analisou as consequências da Guerra da Tríplice Aliança entre 1869 e 1871, em que vários aspectos contribuíram para a manutenção de uma Divisão do Exército Imperial em Assunção após o término do conflito. A análise documental contemplou os relatórios dos Ministérios da Guerra, do Império e das Relações Exteriores. O discurso encaminhou a questão como um “assunto extraordinário”, evidenciando a camuflagem institucional na qual constava, de um lado, a ação diplomática, a desmobilização das tropas e, em sentido oposto, a destinação dos recursos para prover a subsistência dos militares. Em consequência a essa queda de braço entre orçamento versus diplomacia, o Império do Brasil articulou movimentos de memória e esquecimento dos seus feitos no maior conflito bélico em solo sul-americano.

Publicado
2020-06-04