Cartografia da Guerra Guaranítica

  • Luiz Carlos Tau Golin Jornalista, doutor em História pela PUCRS e pós-doutor em História pela Universidade de Lisboa. Professor dos cursos de graduação e pós-graduação em História da Universidade de Passo Fundo.
Palavras-chave: Tratado de Madri (1750), Guerra Guaranítica (1753-1756), Comissão de Limites (1750-1761) na América meridional

Resumo

A Guerra Guaranítica (1753-1756) foi o evento bélico deflagrado pelo levante dos índios rebeldes contra os demarcadores e Exércitos de Espanha e Portugal. Motivou-se pela rejeição de seis cabildos situados a Oriente do Rio Uruguai, caciques de Misiones e jesuítas, ao contestarem cláusulas do Tratado de Madri (1750). A causa principal foi a previsão de permuta dos Sete Povos (espanhol) pela Colônia do Sacramento (português). Este evento produziu considerável cartografia. As conferências para a assinatura do Tratado de Madri, igualmente, promoveram intensa sistematização da cartografia existente e a produção de trabalhos exclusivos sobre as regiões de fronteiras. Em seu corolário, organizou-se a cartografia para os comissários demarcadores. E, no trabalho demarcatório, as equipes ilustraram a divisória e os territórios. Em especial, as áreas divergentes foram escrituradas às minúcias. Nesse processo, se criou uma cartografia e uma iconografia da guerra. Especificou-se a territorialidade, a geografia, os combates, as marchas militares, as cidades missioneiras e sua arquitetura. Privilegiamos a produção cartográfica/iconográfica de representação do espaço missioneiro, da Primeira Comissão de Limites e da Guerra Guaranítica. Todos os documentos citados se encontram reproduzidos, com as referências aos acervos, em A Guerra Guaranítica (GOLIN, 1998) e A fronteira (GOLIN, 2002) .

Publicado
2020-06-08