Da Brigada Real da Marinha ao Batalhão de Artilharia de Marinha do Rio de Janeiro.

Contribuições para um estudo do componente humano da Artilharia e Infantaria de Marinha no espaço luso-brasileiro desde 1797 até 1824: um olhar para os documentos contidos no Arquivo Histórico da Marinha Portuguesa.

  • Fábio Neves Luiz Laurentino
Palavras-chave: Brigada Real da Marinha, Artilharia e Infantaria de Marinha, Batalhão de Artilharia de Marinha do Rio de Janeiro

Resumo

Neste artigo, o objetivo centraliza-se em trazer à luz documentos contidos no Arquivo Histórico da Marinha Portuguesa relativos aos soldados das forças de Artilharia e Infantaria da Marinha Real Portuguesa, a Brigada Real da Marinha, criada em 28 de agosto de 1797. Analisando trajetória dos seus soldados - ainda em Portugal - a partir de questões como recrutamento, soldo, deserção, o perdão régio e, principalmente, a sua atividade fim, o combate; pretendemos apresentar um breve panorama sobre o componente humano desta instituição militar-naval que desembarcou no Rio de Janeiro em 1808. A partir de 1822, após a independência política do Brasil e inserida na recém-criada Marinha Imperial brasileira, esta força é renomeada como Batalhão de Artilharia de Marinha do Rio de Janeiro, através do Decreto de 24 de outubro. Boa parte das suas praças e alguns oficiais aderiram à causa brasileira e permaneceram no país. Assim, através da documentação primária, pretendemos esboçar algumas impressões sobre as experiências dos militares que compuseram os primeiros anos da Artilharia e Infantaria naval brasileira, que contribuíram ativamente nos esforços da independência e consolidação da soberania nacional.

Publicado
2024-07-08