Da Grande Guerra à Ilha Grande

a derradeira tentativa, no pós-guerra, de levar o Novo Arsenal de Marinha para fora da Guanabara

  • Fernando Ribas De Martini Mestre em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), doutorando em História Econômica pela mesma universidade. Pesquisador de História das Ciências, com ênfase em temas navais e militares.
Palavras-chave: Arsenal de Marinha, Baía da Ilha Grande, Industrialização

Resumo

Na primeira década do século XX, o Brasil renovou sua Esquadra com modernos navios de guerra. Falhou, porém, em modernizar as então precárias instalações do antigo Arsenal de Marinha, cujas oficinas tanto se espremiam na região central do Rio de Janeiro quanto se dispersavam caoticamente pela Baía de Guanabara. A Marinha se dividia entre os defensores da construção de novas instalações na Ilha das Cobras, vizinha às principais oficinas do antigo arsenal, e os que advogavam uma grandiosa estrutura industrial e militar a ser construída na Baía da Ilha Grande, longe da capital. Este artigo trata da disputa entre essas correntes, das decisões, ações e reações de cada lado, antes, durante e após a Primeira Guerra Mundial. Em especial, analisa a última tentativa dos defensores da Baía da Ilha Grande, no pós-guerra, que chegaram perto de conseguir seus objetivos antes de malograrem ao final de 1922.

Publicado
2020-06-17