Coalizões estratégicas para a diplomacia marítima
breves considerações
Palabras clave:
Diplomacia, Geopolítica Oceânica, Política Internacional dos OceanosResumen
Para entender o processo político-diplomático ocorrido durante
os nove anos de negociação que resultou na Convenção das
Nações Unidas sobre o Direito do Mar, é necessário compreender
os grupos de interesse que se formaram ao longo desses anos.
Os Estados, componentes da Convenção, diferiam tanto na
capacidade relacionada com o uso do mar como no conhecimento
técnico-científico. Tais diferenças são de particular importância
para explicar posicionamentos políticos e os resultados das
negociações para o planejamento do espaço oceânico. Além disso,
o processo e os resultados foram significativamente afetados pela
ação diplomática da Conferência em configurações globais. Esta
dinâmica voltou-se para a necessidade de construir e manter
coalizões vencedoras e ao método de tomada de decisões. É
preciso entender em que medida questões relativas ao mar
são influenciadas pela política externa de países pioneiros em
tecnologia marinha. Desta forma, este estudo objetiva uma breve
compreensão do processo diplomático e estrutural, ou seja,
como os Estados alinhavam-se frente a questões complexas, que
surgiam no decorrer das negociações. Em um segundo momento,
observar-se-á como trabalhavam estes grupos de influência,
formados por interesses estratégicos de cada Estado. E, a seguir,
estudar-se-á como agiam os grupos de influência durante a
Conferência, a partir da perspectiva da representação geográfica
para o planejamento do espaço oceânico. Nesse sentido, observou-
se que é preciso que se entenda o posicionamento dos países em
consonância ao seu grau de influência no processo diplomático
na Convenção, para garantir a hegemonia de uso e exploração de
recursos naturais advindos do mar.