Defesa
O Brasil em dois tempos
Palabras clave:
Submarinos, Poder Naval, Coadjuvante Secundário, Guerra Fria, PIBResumen
O Brasil experimentou uma importante alteração político-
estratégica, que afetou a forma de encarar a defesa nacional.
Na situação dos anos 1990, influenciada pelo clima global de
paz e entendimento dos primeiros anos do pós-Guerra Fria, os
problemas estratégicos visualizados consistiam em zonas de
instabilidade contrários a interesses brasileiros, bandos armados
na Amazônia e no crime organizado; a política de defesa visava
à inserção regional por meio da harmonização de interesses
com os vizinhos e a um vago “aprimoramento” da vigilância
do espaço aéreo e das fronteiras terrestre e marítima. As forças
navais almejavam a defesa de apenas uma porção da fronteira
marítima e a eventual participação em intervenções externas como
“coadjuvante secundário”. Na situação atual, determinada pelo
sentimento de ameaça que passou a grassar no fim da década de
1990 e pela vontade política nacional decorrente do crescimento
econômico, os problemas estratégicos consistem na defasagem
tecnológica ante os países desenvolvidos e nas ameaças resultantes
da rarefação mundial de recursos naturais disponíveis no País; a
política de defesa especifica precisamente as áreas prioritárias e
as ações gerais a empreender, e as forças navais têm como tarefa
primária impedir ataques ao Brasil, por meio da negação do uso do
mar em termos estratégicos e assegurar as linhas de comunicações
marítimas de interesse do País. Foram também implementadas
medidas para iniciar a obtenção dos meios necessários, destacando-
se os submarinos convencionais e o primeiro nuclear. Destaque-se,
porém, que as principais mudanças do País foram econômicas
– a autossuficiência em petróleo, em 2006 e a quadruplicação do
Produto Interno Bruto entre 2003 e 2010.