Ação antitumoral do extrato de Piper nigrum e piperina
o envolvimento da proteína p53.
Resumo
O câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo. No Brasil, estimativas preveem cerca de 483 mil novos casos em 2024, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva). A proteína p53 é um fator essencial na supressão tumoral, pois pode bloquear o ciclo celular, reparar o DNA celular e induzir células a sofrer apoptose. No entanto, mutações no gene Tp53 podem comprometer o funcionamento da p53 como “guardiã do genoma”. Uma estratégia potencial para a prevenção e tratamento do câncer envolve o uso de compostos bioativos alimentares. O Piper nigrum, ou pimenta-preta, e seu principal constituinte ativo, a piperina, têm sido objeto de vários estudos que investigam seu potencial anticancerígeno. Esses compostos demonstraram efeitos antiproliferativos, pró-oxidantes, regulação do ciclo celular e indução de apoptose. Esta revisão examinará estudos sobre a relação entre a ação dessas substâncias e a proteína p53. Extratos de P. nigrum e piperina mostraram efeitos citotóxicos em células que não expressam p53, bem como em células com p53 do tipo selvagem ou mutante. Isso sugere que essas substâncias podem ser eficazes no tratamento do câncer, independentemente do status da p53. No entanto, mais pesquisas são necessárias para compreender completamente os mecanismos e o potencial terapêutico dessas substâncias no combate ao câncer.
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