Membrana amniótica humana como curativo biológico para feridas de difícil resolução e as possíveis utilizações no HNMD

Autores

  • Maria Fusco

Palavras-chave:

Cicatrização, Curativos biológicos

Resumo

Desde a Antiguidade, a Medicina se preocupa em tratar as feridas cutâneas. Ainda hoje, os mais diversos materiais têm sido utilizados na tentativa de acelerar a cicatrização dos diferentes tipos de feridas. Com o avanço do conhecimento sobre os mecanismos celulares e moleculares do processo de cicatrização, a Membrana Amniótica Humana (MAH) vem sendo considerada como um curativo biológico ideal, por apresentar fatores de crescimento, citocinas e componentes de matriz extracelular favoráveis à cicatrização. Inúmeros centros de saúde mundiais já utilizam a MAH como recurso no tratamento de feridas como queimaduras, lesões oftalmológicas pós-cirúrgicas, lesões cutâneas de pacientes diabéticos, dentre outras. O Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), por meio do Instituto de Pesquisas Biomédicas, vem realizando o processamento de MAH de parturientes do próprio Hospital, a fim de fornecer um curativo de baixo custo e grande vantagem aos usuários do Sistema de Saúde da Marinha portadores de feridas passíveis da utilização do mesmo. Por se tratar de uma unidade hospitalar de grande porte e de alta complexidade, o HNMD recebe, por ano, milhares de usuários com feridas. Dentre as ocorrências, destacam-se as queimaduras térmicas, elétricas e químicas, as úlceras por pressão e lesões pós-cirúrgicas. Os exemplos históricos de acidentes radiológicos de grande magnitude, a eminência de guerras com uso efetivo de armas nucleares e radiológicas, além do aumento recentemente observado nas práticas de rotina do submarino nuclear da Marinha do Brasil parecem nortear para uma nova utilização deste curativo biológico.

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Publicado

2015-11-16

Edição

Seção

Revisão de Literatura

Como Citar

Membrana amniótica humana como curativo biológico para feridas de difícil resolução e as possíveis utilizações no HNMD. (2015). Arquivos Brasileiros De Medicina Naval, 76(1), 12. https://portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/abmn/article/view/532