A exortação da guerra - o ideal da cruzada aos infiéis e as conquistas marítimas portuguesas

Autores

  • Lenora Pinto Mendes Doutora em História pela UFF em 2005. Concluiu mestrado em música medieval no Sarah Lawrence College – EarlyMusic Program (EUA) em 1989. Pesquisadora do Scriptorium – Laboratório de estudos medievais e ibéricos da UFF. Integrante do conjunto Música Antiga da UFF desde 1982 com o qual gravou quatro CDs com músicas da Idade Média e do Renascimento.

Palavras-chave:

Guerra, conquistas, teatro

Resumo

Em finais do século XV, ao voltar seus olhos para o mar, Portugal se transformou na primeira nação europeia a dominar o “mar oceano”. Os feitos marítimos portugueses ao longo do século XVI descortinaram um mundo até então desconhecido para os europeus. A conquista de novas terras e o comércio com o Oriente trouxe para o Reino português riquezas sem fim além do exotismo do mundo oriental que pode ser observado através das crônicas, nas vestimentas e festas da Corte e na arquitetura através do estilo manuelino. O teatro de corte português, com seu principal dramaturgo, Gil Vicente, vai se desenvolver funcionando como elemento propagandístico do monarca para a exaltação dos feitos portugueses no além-mar perante seus súditos. Paradoxalmente, o discurso oficial, que permeia todo esse processo é o do ideal medieval da cruzada para a conversão dos infiéis ao cristianismo.

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Publicado

2020-06-04