Fortificações na Amazônia

  • Graciete Guerra da Costa Pós-doutoranda do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília-UnB. Doutora em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília-UnB, 2011. Mestra em Arquitetura e Urbanismo-UnB, 2006.
Palavras-chave: Amazônia, Fortificações, Fronteira, Geopolítica, Território

Resumo

Esta comunicação faz parte de um projeto sobre as Fortificações na Amazônia de 1616 a 1750. Examina o contexto histórico, a geopolítica, a sociologia da conquista. O trabalho estuda as fortificações na Amazônia brasileira e as características particulares da arquitetura militar produzida na região em meados dos séculos XVII e XVIII. A política da Coroa Portuguesa, de fortificar, demarcar, ocupar e povoar a região que lhe cabia, faz parte da decisão pombalina de substituir as missões religiosas por freguesias, confiada a militares, a representantes do rei, e a alguns membros do clero secular. A divisão territorial incrustada por propriedades da Igreja passou a contar com a sociedade civil. A fundação de fortalezas e cidades pelo vale do Rio Amazonas substituiu missões religiosas. A nominação dessas vilas com topônimos portugueses como Almeirim, Santarém, Óbidos, e outras, além da construção do plano urbanístico, segundo moldes das cidades portuguesas, deram uma feição lusitana no povoamento do Vale. O presente estudo pontua que essas mudanças refletem uma nova divisão territorial naquele período de transformações da toponímia.

Publicado
2020-06-15