As novas tendências na condução do CNTM

uma visão sobre a doutrina adotada pela AMAS

Autores

  • André Luiz de Mello Braga

Resumo

A era da informação, na qual estamos inseridos, pode ser
caracterizada pela rapidez na troca de conhecimento e um alto fluxo de
dados, isso tem como conseqüência uma aceleração dos processos de mudança
e desenvolvimento. Aqueles que não se mantiverem abertos e aptos para
acompanhar esse acelerado processo evolutivo estão condenados a cair no
esquecimento e ficarem excluídos da história.
Estar inserido no processo não significa aceitar as novas idéias sem
analisá-las, significa adquirir o conhecimento, aplicá-lo em seu favor e
contribuir para o desenvolvimento de novas idéias.
No campo do conhecimento naval, verifica-se hoje uma mudança
na forma de conduzir e aplicar as atividades de Controle Naval do
Tráfego Marítimo (CNTM). Esse assunto se reveste de g rande
importância, já que, para o Brasil, o peso do tráfego marítimo (TM)
para o comércio exterior é determinante, cerca de 95% dessa fatia da
economia é realizada por via marítima.
O segurança do TM é uma necessidade estratégica, principalmente
para o Brasil e, para se minimizar a vulnerabilidade decorrente dessa
necessidade, realiza-se o CNTM como instrumento fundamental para a
garantia dessa segurança. Sem a segurança, o TM se tornaria em uma
vulnerabilidade crítica, podendo até significar o estrangulamento da
economia de um Estado.
Os países da OTAN adotam, agora, uma doutrina mais flexível
calcada na cooperação, isto é, a organização de CNTM passa a assumir uma
postura mais orientadora, menor interferência do Estado e conta com a
cooperação da comunidade marítima para executar as atividades de CNTM.
Essa postura advém da identificação de novas ameaças e as exigências de
maior dinamismo e flexibilidade para enfrentá-las.

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Publicado

2023-08-26

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Artigo Original