"É preciso Marinha, e nós a não temos"

uma subscrição para ampliação da Força Marítima pela ação popular (1822-1827)

  • Vagner da Rosa Rigola Marinha do Brasil - DPHDM
Palavras-chave: Navio; Marinha; Subscrição; População

Resumo

Declarada a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, sem demora veio à tona a necessidade de torná-la efetiva. Esse fato não se deu sem que houvesse resistência. Logo, os estadistas brasileiros perceberam que a conservação da unidade territorial estava diretamente relacionada ao domínio do mar, já que era pelo oceano que se comunicavam as principais províncias, como também era na faixa litorânea que se concentrava parte significativa dos habitantes e, por conseguinte, da produção. Dessa forma, pensou-se, rapidamente, em constituir uma Marinha de Guerra que permitisse a concentração de tropas e suprimentos nos locais de interesse, de modo que fosse possível fazer frente aos lusitanos. Sendo assim, o núcleo da marinha brasileira surgiu dos próprios navios portugueses remanescentes na antiga colônia. Entretanto, a quantidade e as condições daqueles meios, bem como a situação dos cofres públicos nacionais fizeram emergir uma outra ideia para a ampliação da Força Marítima: uma subscrição pública nacional e mensal. Ao exame da sistemática de funcionamento e da execução dessa medida se dedica este estudo.

Publicado
2022-12-22