O dragão e a águia: trans-formações na distribuição relativa do poder militarsino-americano (2007-2019)
DOI:
https://doi.org/10.21544/Palavras-chave:
sino-americana, EUA, ChinaResumo
A ascensão da China marca uma mudança significativa no equilíbrio de poder global, tornando o ambiente internacional mais desafiador para os Estados Unidos (EUA). O poder das duas potências está em evolução contínua, tanto em termos absolutos quanto relativos. Apesar do surgimento de novas dinâmicas e ferramentas de influência nas relações internacionais, o poder militar permanece uma base fundamental para a sobrevivência e a projeção estatal. Isto posto, este artigo analisa as mudanças na distribuição relativa de poder militar entre os EUA e a China em dois períodos – 2007-2009 (T1) e 2017-2019 (T2) – utilizando uma metodologia mista que combina análise qualitativa e cálculos de média aritmética baseados em indicadores proxy. De forma geral, os resultados mostram que, em T1, o poder militar relativo dos EUA superava o da China em mais de três vezes. Já em T2, embora os EUA tenham mantido sua posição de destaque sem declínios absolutos significativos, a China demonstrou avanços expressivos, reduzindo a diferença para um poder militar relativo mais de duas vezes inferior ao dos EUA. Apesar desse progresso, a vantagem militar norte-americana permanece substancial, indicando que, embora a lacuna tenha diminuído, o equilíbrio de poder militar ainda favorece os EUA.