Tecnologias quânticas: uma questão de soberania nacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21544/

Palavras-chave:

Tecnologias quânticas, Defesa cibernética, Soberania nacional

Resumo

Os fundamentos da física (ou mecânica) quântica foram apresentados
pelo cientista alemão Max Planck em 1900. De conteúdo científico
revolucionário, esses fundamentos estabeleceram novos paradigmas
que lastrearam a chamada Primeira Revolução Quântica, da qual
derivaram produtos como o laser, o GPS e os chips semicondutores,
essenciais na atualidade. Em 1950, Chien Shiung Wu e Irving Shaknov
realizaram o que hoje é conhecido como experimento WS, que se tornou
a chave para a manifestação emergente da segunda revolução quântica,
que inclui novas tecnologias agrupadas em quatro grandes áreas:
dispositivos quânticos (sensores, biossensores, detectores e atuadores);
comunicação e teletransporte quânticos e materiais bidimensionais;
computação, criptografia e internet quânticas; e tecnologias derivadas
de materiais quânticos de aplicação, por exemplo, na área de energia.
Este artigo procura investigar indícios de que a área de Tecnologias
Quânticas é essencial não apenas para a Segurança e Defesa Nacional,
mas também para a conformação do tabuleiro geopolítico. Eles sugerem
que, conjuntamente, as Tecnologias Quânticas, a Inteligência Artificial
(IA) e a Cibernética promoverão uma grande revolução tecnológica da
humanidade e, particularmente, nos assuntos militares. Sendo assim,
o artigo apresenta argumentos para que tais áreas do conhecimento
e desenvolvimento tecnológico sejam consideradas estratégicas e
prioritárias para o país, tendo em vista a centralidade dessas tecnologias
no crescimento econômico, no desenvolvimento social, na segurança,
na defesa e na soberania de uma nação no contexto da 4a Revolução
Industrial e da Era do Conhecimento.

Biografia do Autor

  • Fernando Manuel Araújo Moreira, Instituto Militar de Engenharia - IME

    Professor Titular do Instituto Militar de Engenharia (IME). Engenheiro de Materiais, Mestre e Doutor em Física (UFSCar) e Pós-Doutorado em Física no Center for Superconductivity Research, University of Maryland/USA. Estágios no exterior de curta duração na OTAN/ International Centre for Theoretical Physics (Itália) e Westfälische Hoschule, Gelsenkichen (Alemanha). É membro da Força Tarefa em Defesa Segurança e Inteligência do Instituto de Relações Internacionais da USP e Pesquisador Sênior do Laboratório de Simulação e Cenários em Energia Nuclear e Futuro, da Escola de Guerra Naval (EGN). É Coordenador dos Projetos FINEP (1) "Desenvolvimento e inovação de sensores, biossensores, detectores para DQBRN"
    (R$ 68 milhões); (2) "Programa QUANTUM – Tecnologias Quânticas para Defesa" (R$ 43.3 milhões). Coordenador do PRO-DEFESA V (CAPES/Ministério da Defesa). Líder do Grupo Técnico de Trabalho Interforças em Tecnologias Quânticas do Ministério da Defesa. Autor/coautor (Google Scholar) de 310 publicações com 3124 citações, H-index = 30 e i10-index = 63.

  • Vítor Gouvêa Andrezo Carneiro, Instituto Militar de Engenharia - IME

    Graduou-se em Engenharia de Comunicações, pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), em 2002, com um ano de graduação sanduíche pela Technische Universität Dresden, Alemanha. Mestre em Engenharia Elétrica pela UnB, em 2007, com ênfase em Nanoeletrônica. Seu doutorado em Engenharia de Defesa foi obtido em 2013 no IME, com ênfase em Sistemas de Comunicações Ópticas. Em 2021, realizou pós-doutorado na PUC-Rio, trabalhando com propagação em redes ad-hoc assistidas por drones. Recentemente (2024), realizou o Curso Superior de Segurança e Defesa Cibernética, da Escola Superior de Guerra (ESG). É professor do IME desde 2013, com vasta experiência em: Comunicações Ópticas, Redes Ad-Hoc, Antenas e Propagação de Ondas Eletromagnéticas. Atualmente, conduz pesquisas na área de Comunicações Quânticas, sendo pesquisador da Rede Rio Quântica e gerente da Rede Hermes Quântica, projetos que visam a instalação de uma rede metropolitana de comunicação quântica no Rio de Janeiro.

  • Juraci Ferreira Galdino, Instituto Militar de Engenharia - IME

    General de Divisão Engenheiro Militar e possui diversos cursos como doutorado em Engenharia Elétrica, pela UFCG, Curso de Direção para Engenheiros Militares, pela ECEME; Curso Superior de Defesa e Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia, pela ESG. Possui cerca de 150 publicações; foi Jovem Cientista do Nosso Estado, FAPERJ e pesquisador nível PQ2 do CNPq. É membro titular da Academia Nacional de Engenharia e sua biografia foi incluída no “Who’s Who in the World”, “Who’s Who in the Science and Engineering”, “Leading Engineers of the World” e “2000 Outstanding Intellectuals of the 21st Century”. Foi condecorado com a Medalha Militar de Ouro, Medalha do Pacificador, Medalha do Mérito Marechal Cordeiro de Farias, Medalha da Ordem do Mérito Judiciário Militar e Medalha Ordem do Mérito Militar no Grau Grande-Oficial. Desde 28 de abril de 2021 o General GALDINO é o Comandante e Reitor do IME.

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Publicado

2025-06-13

Como Citar

Tecnologias quânticas: uma questão de soberania nacional. (2025). Revista Da EGN, 30(3). https://doi.org/10.21544/

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